quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Um Tempo Como Este!



Qual o propósito disso? 

Muitas vezes fazemos esta pergunta. E acreditem, não é uma pergunta fácil de responder. Quando vemos nossa história, desde crianças, observamos uma “peça” que muitas vezes não faz sentido.


Olhando a vida de Ester podemos perceber algumas coisas. Ester era exilada (seu povo foi levado cativo). Órfã. Pobre. Foi levada para o palácio como Escrava Sexual. Foi obrigada a ficar um ano se purificando de qualquer “peste” que houvesse no seu corpo e se perfumando para um homem que ela jamais conheceu. Junto com muitas outras jovens ficou a mercê do gosto do rei para ser escolhida OU não para se tornar a próxima rainha. Vale salientar que ser rainha não era ser a esposa amada do rei. Ela não teria uma vida sexual satisfatória, pois seria chamada somente quando o rei quisesse. Ela não teria um homem andando de mãos dadas com ela e brincando com o filhos no jardim. Ela nem sequer poderia estar no mesmo lugar que o rei sem que fosse chamada. Ela teria que andar e expor sua beleza para governantes durante festas somente para agradar ao rei (assim como foi solicitado a Vasti). Ela somente não foi morta num momento de sua história, pois o rei a amava ao ponto de abrir mão disto. Era um risco a própria vida pensar em estar na presença do rei sem permissão. Não era uma vida de glórias eternas.

Já vi muitas mulheres pregando sobre Ester fantasiando uma história que não existe. Criam um clube de alegria para Ester.

Você consegue imaginar uma vida assim? Uma vida de perdas e vulnerabilidades? Uma vida sem voz? Sem decisões? Onde tudo é imposto! Ela não queria ser órfã, ou pobre, ou escrava sexual. Imagino que Ester queria casar, ter filhos, servir livremente ao seu Deus. Com certeza ela não havia planejado este curso para sua vida.

Mas, servimos um Deus que transforma dor em propósito. A vida de Ester foi de dores e perdas, mas isto a fez chegar num momento onde foi confrontada com a pergunta “Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha? Ester 4:14”. As dores. Os caminhos de perdas e espinhos a fez chegar nesta posição de rainha para UM propósito. Não foi fazê-la uma rainha honrada. Não foi para fazê-la rica. Não foi para fazer o rei se apaixonar por ela. Foi para libertação do povo de Deus.

Ah, minhas irmãs! Eu não conheço você. Não conheço a sua estrada. Se foi de dores, perdas, de orfandade, de luto, ou se foi uma alegre e brilhante. Mas, sei que há um propósito e este propósito está EM DEUS. Ele tem um propósito para tudo que acontece e deixamos aqui a pergunta: Será que tudo o que te aconteceu não foi para um momento como este?

Vivemos num tempo de crescente ataque contra a família e aos valores cristãos. Quem sabe não foi para um tempo como este que Deus moldou tua vida através de tudo que te aconteceu? Há algo acontecendo na sua casa? No seu trabalho? Você precisa se posicionar? Será que não foi para um tempo como este que Deus te deu essa família? Esse trabalho?

Desperte e observe o propósito que Deus tem pra você. Tire os olhos de você mesma. Ester foi tentada a não se posicionar. Contudo foi confrontada com esta pergunta. E você? Que tal se posicionar num tempo como este?


Que Deus nos abençoe!

sábado, 6 de agosto de 2016

Eva, a queda e eu!



Quando observamos o comportamento de uma criança logo imaginamos como deve ser o seu lar. Será que é barulhento? Será que tem constantes desentendimentos? Ou será que é um lar tranquilo? 
É normal queremos uma explicação a respeito de determinados comportamentos, pois partimos do pressuposto que tudo é uma resposta a determinados comandos. Ação e reação. Ainda que a gente não diga, a gente acredita nisso. 

O que me chama a atenção, contudo, é a dificuldade que temos em olhar para trás quando se trata do nosso comportamento. 
E não falo aqui sobre regressão ou qualquer artificio psicológico. Falo exatamente sobre olhar pra trás. 
Olhar para o momento que marca todas as respostas que damos hoje. Olhar para a ação que motiva nossas reações. Olhar para o Édem.

Antes disso, contudo, vamos entender o cenário atual... Vamos observar o comportamento da “criança (mulher)” feminista hoje.

Camille Paglia, uma das feministas com maior influencia mundial comenta numa entrevista ao programa Roda Viva sobre o interesse de sua luta feminista por volta de 1964, quando ainda estava na faculdade. 
Seu argumento é baseado no seguinte: Os rapazes de sua faculdade podiam sair a qualquer hora sem que houvesse uma regra ou controle. As mulheres, no entanto, tinham que assinar uma espécie de ata com um determinado horário, o que dava a faculdade o conhecimento de seus destinos. Esta luta feminista por parte dela (marcando uma geração de feministas) começou a partir daí. Ela entendia que a faculdade estava assumindo a tutela opressora que outrora pertencia aos pais. Seu discurso endossava a ideia que se o homem poderia se arriscar nas ruas e se defender dos perigos externos, elas deveriam ter o direito de também se arriscar e se defender. Não desejavam proteção. Elas queriam se proteger.

Não irei muito mais muito longe nesta árvore genealógica do feminismo, já que ele é feito de ondas de épocas. Então, vou começar a partir daqui (meados de 60) uma breve e não completa, claro, análise sobre a distorção do bíblico e como chegamos ao feminismo de hoje. Esta é a primeira parte desta análise.

Romanos 1:25 fala que, após a queda no Édem a depravação do homem é tal que eles transformaram a verdade de Deus em mentira. Ou seja, aquilo que Deus instituiu como mandamento, para o bem e felicidade e contemplação da sua criação foi transformado em mentira. O homem criou para si um novo conceito de certo e errado baseado em seu próprio desejo. Logo, se minha natureza caída deseja a pornografia, por exemplo, então vou chama-la de arte e mostrar que na verdade as cenas mostram apenas a natureza humana como ela é, sem as regras burguesas de sociedade correta.

Tendo entendido isto, vemos na bíblia que o homem como o cabeça do casamento bíblico representa a Cristo amando e sacrificando-se por sua igreja (esposa), olhando-a como o vaso mais frágil. O que acontece diante disso? A Eva que há em cada uma de nós deseja o Empoderamento de seus desejos. Eva pode e quer tomar decisões. 

Embora tenha sido criada a partir do homem e para o homem, aceitar esta condição é rebaixar-se. Então comemos o fruto (Gênesis 3:6) e decidimos que não desejamos esta proteção e lideraça. Queremos a autonomia do Édem. Uma mulher que aceita o padrão bíblico está se degradando como mulher e traindo a classe. Conseguiu ver a distorção da verdade bíblica?

Eva nos leva para o contexto de rebeldia que vemos hoje na mulher em aceitar o papel designado para ela. Se em nosso “lar de origem” que é o Édem nós temos a ação de Eva se rebelando, e quebrando esta imagem de Deus que havia em nós, obviamente hoje refletimos isso, assim como no ínicio comentamos sobre a reação das crianças em resposta ao seu lar. Mas, fica o questionamento: Como voltar? É possível retornar à imagem?

Claro que sim, contudo ainda lutamos muito contra isso, pois como diz em Gálatas 5, a nossa carne milita contra o Espírito para que não façamos o que desejamos. Paulo fala em Romanos 7.19: Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo.

Mas, veja o que Paulo diz em Romanos 8.1-2: Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.

Embora a queda no Édem tenha nos tirado essa imagem, em Cristo podemos ser livres para sermos quem Ele nos criou para ser. Corra para Cristo!

Deus nos abençoe!