sábado, 6 de agosto de 2016

Eva, a queda e eu!



Quando observamos o comportamento de uma criança logo imaginamos como deve ser o seu lar. Será que é barulhento? Será que tem constantes desentendimentos? Ou será que é um lar tranquilo? 
É normal queremos uma explicação a respeito de determinados comportamentos, pois partimos do pressuposto que tudo é uma resposta a determinados comandos. Ação e reação. Ainda que a gente não diga, a gente acredita nisso. 

O que me chama a atenção, contudo, é a dificuldade que temos em olhar para trás quando se trata do nosso comportamento. 
E não falo aqui sobre regressão ou qualquer artificio psicológico. Falo exatamente sobre olhar pra trás. 
Olhar para o momento que marca todas as respostas que damos hoje. Olhar para a ação que motiva nossas reações. Olhar para o Édem.

Antes disso, contudo, vamos entender o cenário atual... Vamos observar o comportamento da “criança (mulher)” feminista hoje.

Camille Paglia, uma das feministas com maior influencia mundial comenta numa entrevista ao programa Roda Viva sobre o interesse de sua luta feminista por volta de 1964, quando ainda estava na faculdade. 
Seu argumento é baseado no seguinte: Os rapazes de sua faculdade podiam sair a qualquer hora sem que houvesse uma regra ou controle. As mulheres, no entanto, tinham que assinar uma espécie de ata com um determinado horário, o que dava a faculdade o conhecimento de seus destinos. Esta luta feminista por parte dela (marcando uma geração de feministas) começou a partir daí. Ela entendia que a faculdade estava assumindo a tutela opressora que outrora pertencia aos pais. Seu discurso endossava a ideia que se o homem poderia se arriscar nas ruas e se defender dos perigos externos, elas deveriam ter o direito de também se arriscar e se defender. Não desejavam proteção. Elas queriam se proteger.

Não irei muito mais muito longe nesta árvore genealógica do feminismo, já que ele é feito de ondas de épocas. Então, vou começar a partir daqui (meados de 60) uma breve e não completa, claro, análise sobre a distorção do bíblico e como chegamos ao feminismo de hoje. Esta é a primeira parte desta análise.

Romanos 1:25 fala que, após a queda no Édem a depravação do homem é tal que eles transformaram a verdade de Deus em mentira. Ou seja, aquilo que Deus instituiu como mandamento, para o bem e felicidade e contemplação da sua criação foi transformado em mentira. O homem criou para si um novo conceito de certo e errado baseado em seu próprio desejo. Logo, se minha natureza caída deseja a pornografia, por exemplo, então vou chama-la de arte e mostrar que na verdade as cenas mostram apenas a natureza humana como ela é, sem as regras burguesas de sociedade correta.

Tendo entendido isto, vemos na bíblia que o homem como o cabeça do casamento bíblico representa a Cristo amando e sacrificando-se por sua igreja (esposa), olhando-a como o vaso mais frágil. O que acontece diante disso? A Eva que há em cada uma de nós deseja o Empoderamento de seus desejos. Eva pode e quer tomar decisões. 

Embora tenha sido criada a partir do homem e para o homem, aceitar esta condição é rebaixar-se. Então comemos o fruto (Gênesis 3:6) e decidimos que não desejamos esta proteção e lideraça. Queremos a autonomia do Édem. Uma mulher que aceita o padrão bíblico está se degradando como mulher e traindo a classe. Conseguiu ver a distorção da verdade bíblica?

Eva nos leva para o contexto de rebeldia que vemos hoje na mulher em aceitar o papel designado para ela. Se em nosso “lar de origem” que é o Édem nós temos a ação de Eva se rebelando, e quebrando esta imagem de Deus que havia em nós, obviamente hoje refletimos isso, assim como no ínicio comentamos sobre a reação das crianças em resposta ao seu lar. Mas, fica o questionamento: Como voltar? É possível retornar à imagem?

Claro que sim, contudo ainda lutamos muito contra isso, pois como diz em Gálatas 5, a nossa carne milita contra o Espírito para que não façamos o que desejamos. Paulo fala em Romanos 7.19: Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo.

Mas, veja o que Paulo diz em Romanos 8.1-2: Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.

Embora a queda no Édem tenha nos tirado essa imagem, em Cristo podemos ser livres para sermos quem Ele nos criou para ser. Corra para Cristo!

Deus nos abençoe!



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