Quando observamos o comportamento de uma criança logo imaginamos como deve ser o seu lar. Será que é barulhento? Será que tem constantes desentendimentos? Ou será que é um lar tranquilo?
É normal queremos uma explicação a respeito de determinados
comportamentos, pois partimos do pressuposto que tudo é uma resposta a
determinados comandos. Ação e reação. Ainda que a gente não diga, a gente
acredita nisso.
O que me chama a atenção, contudo, é a dificuldade que temos em
olhar para trás quando se trata do nosso comportamento.
E não falo aqui sobre
regressão ou qualquer artificio psicológico. Falo exatamente sobre olhar pra
trás.
Olhar para o momento que marca todas as respostas que damos hoje. Olhar
para a ação que motiva nossas reações. Olhar para o Édem.
Antes
disso, contudo, vamos entender o cenário atual... Vamos observar o
comportamento da “criança (mulher)” feminista hoje.
Camille
Paglia, uma das feministas com maior influencia mundial comenta numa entrevista
ao programa Roda Viva sobre o interesse de sua luta feminista por volta de
1964, quando ainda estava na faculdade.
Seu argumento é baseado no seguinte: Os
rapazes de sua faculdade podiam sair a qualquer hora sem que houvesse uma regra
ou controle. As mulheres, no entanto, tinham que assinar uma espécie de ata com
um determinado horário, o que dava a faculdade o conhecimento de seus destinos.
Esta luta feminista por parte dela (marcando uma geração de feministas) começou
a partir daí. Ela entendia que a faculdade estava assumindo a tutela opressora
que outrora pertencia aos pais. Seu discurso endossava a ideia que se o homem
poderia se arriscar nas ruas e se defender dos perigos externos, elas deveriam
ter o direito de também se arriscar e se defender. Não desejavam proteção. Elas
queriam se proteger.
Não
irei muito mais muito longe nesta árvore genealógica do feminismo, já que ele é
feito de ondas de épocas. Então, vou começar a partir daqui (meados de 60) uma
breve e não completa, claro, análise sobre a distorção do bíblico e como chegamos
ao feminismo de hoje. Esta é a primeira parte desta análise.
Romanos
1:25 fala que, após a queda no Édem a depravação do homem é tal que eles
transformaram a verdade de Deus em mentira. Ou seja, aquilo que Deus instituiu
como mandamento, para o bem e felicidade e contemplação da sua criação foi
transformado em mentira. O homem criou para si um novo conceito de certo e
errado baseado em seu próprio desejo. Logo, se minha natureza caída deseja a
pornografia, por exemplo, então vou chama-la de arte e mostrar que na verdade
as cenas mostram apenas a natureza humana como ela é, sem as regras burguesas
de sociedade correta.
Tendo
entendido isto, vemos na bíblia que o homem como o cabeça do casamento bíblico
representa a Cristo amando e sacrificando-se por sua igreja (esposa), olhando-a
como o vaso mais frágil. O que acontece diante disso? A Eva que há em cada uma
de nós deseja o Empoderamento de seus desejos. Eva pode e quer tomar decisões.
Embora tenha sido criada a partir do homem e para o homem, aceitar esta
condição é rebaixar-se. Então comemos o fruto (Gênesis 3:6) e decidimos que não
desejamos esta proteção e lideraça. Queremos a autonomia do Édem. Uma mulher
que aceita o padrão bíblico está se degradando como mulher e traindo a classe.
Conseguiu ver a distorção da verdade bíblica?
Eva
nos leva para o contexto de rebeldia que vemos hoje na mulher em aceitar o
papel designado para ela. Se em nosso “lar de origem” que é o Édem nós temos a
ação de Eva se rebelando, e quebrando esta imagem de Deus que havia em nós,
obviamente hoje refletimos isso, assim como no ínicio comentamos sobre a reação
das crianças em resposta ao seu lar. Mas, fica o questionamento: Como voltar? É
possível retornar à imagem?
Claro
que sim, contudo ainda lutamos muito contra isso, pois como diz em Gálatas 5, a
nossa carne milita contra o Espírito para que não façamos o que desejamos.
Paulo fala em Romanos 7.19: Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal
que não quero fazer, esse eu continuo fazendo.
Mas,
veja o que Paulo diz em Romanos 8.1-2: Portanto, agora já não há condenação
para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do
Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.
Embora
a queda no Édem tenha nos tirado essa imagem, em Cristo podemos ser livres para
sermos quem Ele nos criou para ser. Corra para Cristo!
Deus nos abençoe!
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